Foi no verão de 1993 que se deu uma das histórias mais caricátas que passei no futebol. Tinha eu acabado o 2º ano de iniciado, era altura de passar aos juvenis e para tal o meu ciclo no CADE tinha acabado.
Tanto eu como o meu pai já tinhamos solicitado à direcção do CADE a carta de desvinculação mas eles estavam-se a fazer de dificeis e a criar muitas dificuldades para passarem o tal documento. Entretanto a época estava quase a arrancar e eu fui para o Torres Novas e comecei a treinar com a equipa de juvenis. Com facilidade ganhei o meu espaço e já era titular do meio campo juntamente com o meu amigo "Paulo da Mata". O tempo foi correndo e a carta de desvinculação nada!!
Certo dia marcou-se uma reunião na sede do CADE e também lá estava o Freitas (meu colega no CADE) e o pai para também terem uma reunião por causa da carta dele...enfim a malta do CADE sempre fez isto à malta. Desta vez deram-se mal com o pai do Freitas, porque a determinada altura da reunião, estava eu mais o meu pai à espera e só se ouviam gritos!! Era o pai do Freitas (o homem era muito nervoso) que mandou uma pésada na mesa das reuniões (cairam 2 directores das cadeiras) e começou aos gritos para o presidente do clube: " Amanhã espero por ti à saída do teu trabalho e se não tiveres a carta do miúdo passada vais ter de te haver comigo". Bem, como devem de imaginar aquilo foi uma comédia total.
Depois entrei eu e o meu pai e os gajos lá dificultaram a situação, o meu pai relembrou o presidente Jaime Ramos (actual presidente da camara do Entroncamento) que quando eu vim do Sporting para o CADE tanto ele como o meu pai tinham feito um acordo para que quando eu quisesse sair assim o poderia fazer. Mas parece que a "palavra" só existia para o meu pai...entretanto como muita dificuldade lá passaram a carta. No dia seguinte lá fui para Torres Novas ter um jogo de treino e depois de fazermos o aquecimento fiquei de fora (como era pré-época não havia crise) e só voltei à acção no intervalo juntamente com os meus colegas para aquecermos e depois entrarmos...entraram eles e eu fiquei novamente de fora (já não estava a gostar nada da situação). Depois vieram atrasados 3 colegas meus e sem aquecerem entraram logo. Bem para mim foi o fim da macacada e arranquei para o balneário sentindo que tinha sido a última vez naquele duche. Os meus colegas foram chegando e perguntavam porque não tinha jogado e etc. E eu disse que isso era com o mister mas que já não me interessava porque não voltaria mais. Entretanto disse: "ainda hei-de ser vosso colega".
Pelo caminho expliquei as razões ao meu pai que como bom conselheiro que sempre foi, disse para eu ter calma e que tinha sido um caso pontual. Mas a minha ideia era outra e não passava por Torres Novas depois daquele treino.
Por sorte (ou talvez não) nesse mesmo dia recebemos uma chamada em casa de um clube que estava no nacional de juvenis...o União de Tomar. Para mim foi uma alegria imensa saber que eles queriam que eu fosse para lá, ainda para mais para o nacional, mas a ida ainda estava muito dificil, mais do que todos imaginavam.
Fui para Tomar e começo os treinos, o campeonato começava dentro de 1 semana e eu poderia jogar logo na 2ª jornada por causa do atraso da inscrição. Assinei, tratámos de toda a documentação, a inscrição deu entrada e...bateu na trave. Aqueles "malvados" do CADE tinham passado a carta de desvinculação mas com a falta de data e assim não era válida.
Tivemos de voltar ao ponto de partida e ir à direcção do CADE pedir nova carta, que responderam com "para o União de Tomar NÃO" e que não valia a pena fazer o que fosse nem ir com ameaça nem coisas do género. Como devem de imaginar caíu-me tudo ao chão.
Lá fomos a Tomar explicar a situação e o meu pai disse que lhe dessem mais 3 semanas e que teria a carta na mão! Eu sinceramente não estava a entender nada e perguntei ao meu pai como é que ele iria fazer isso com tanta certeza. Ou seja ele arquitetou um plano e levou-me para o U.Chamusca para os juvenis, eu treinei durante 2 semanas e a direcção da Chamusca pediu a carta ao CADE que se prontificaram a passá-la. Passaram porque a Chamusca tinha uma equipa razoável que lutava para meio da tabela, não sabendo eles que o meu pai acordara com a direcção da Chamusca uma "cedência" para o UNIÃO de TOMAR assim que chegasse a carta de desvinculação. Para fazer esta transferência o meu pai teve de gastar na altura 40 contos (hoje 200€).
Como devem de imaginar foi uma bronca quando o CADE soube da situação, foi tudo menos pacifico e para mim um alivio porque já poderia ir para o nacional de juvenis.
Fui inscrito à 10ª jornada e até ao fim só faltei a um jogo por doença. Foi uma aventura que só eu e o meu pai sabemos o que passámos para eu me ter desvinculado daquele clube.
Tenho uma história fantástica passada 1 ano depois, mas isso conto mais à frente.
Tanto eu como o meu pai já tinhamos solicitado à direcção do CADE a carta de desvinculação mas eles estavam-se a fazer de dificeis e a criar muitas dificuldades para passarem o tal documento. Entretanto a época estava quase a arrancar e eu fui para o Torres Novas e comecei a treinar com a equipa de juvenis. Com facilidade ganhei o meu espaço e já era titular do meio campo juntamente com o meu amigo "Paulo da Mata". O tempo foi correndo e a carta de desvinculação nada!!
Certo dia marcou-se uma reunião na sede do CADE e também lá estava o Freitas (meu colega no CADE) e o pai para também terem uma reunião por causa da carta dele...enfim a malta do CADE sempre fez isto à malta. Desta vez deram-se mal com o pai do Freitas, porque a determinada altura da reunião, estava eu mais o meu pai à espera e só se ouviam gritos!! Era o pai do Freitas (o homem era muito nervoso) que mandou uma pésada na mesa das reuniões (cairam 2 directores das cadeiras) e começou aos gritos para o presidente do clube: " Amanhã espero por ti à saída do teu trabalho e se não tiveres a carta do miúdo passada vais ter de te haver comigo". Bem, como devem de imaginar aquilo foi uma comédia total.
Depois entrei eu e o meu pai e os gajos lá dificultaram a situação, o meu pai relembrou o presidente Jaime Ramos (actual presidente da camara do Entroncamento) que quando eu vim do Sporting para o CADE tanto ele como o meu pai tinham feito um acordo para que quando eu quisesse sair assim o poderia fazer. Mas parece que a "palavra" só existia para o meu pai...entretanto como muita dificuldade lá passaram a carta. No dia seguinte lá fui para Torres Novas ter um jogo de treino e depois de fazermos o aquecimento fiquei de fora (como era pré-época não havia crise) e só voltei à acção no intervalo juntamente com os meus colegas para aquecermos e depois entrarmos...entraram eles e eu fiquei novamente de fora (já não estava a gostar nada da situação). Depois vieram atrasados 3 colegas meus e sem aquecerem entraram logo. Bem para mim foi o fim da macacada e arranquei para o balneário sentindo que tinha sido a última vez naquele duche. Os meus colegas foram chegando e perguntavam porque não tinha jogado e etc. E eu disse que isso era com o mister mas que já não me interessava porque não voltaria mais. Entretanto disse: "ainda hei-de ser vosso colega".
Pelo caminho expliquei as razões ao meu pai que como bom conselheiro que sempre foi, disse para eu ter calma e que tinha sido um caso pontual. Mas a minha ideia era outra e não passava por Torres Novas depois daquele treino.
Por sorte (ou talvez não) nesse mesmo dia recebemos uma chamada em casa de um clube que estava no nacional de juvenis...o União de Tomar. Para mim foi uma alegria imensa saber que eles queriam que eu fosse para lá, ainda para mais para o nacional, mas a ida ainda estava muito dificil, mais do que todos imaginavam.
Fui para Tomar e começo os treinos, o campeonato começava dentro de 1 semana e eu poderia jogar logo na 2ª jornada por causa do atraso da inscrição. Assinei, tratámos de toda a documentação, a inscrição deu entrada e...bateu na trave. Aqueles "malvados" do CADE tinham passado a carta de desvinculação mas com a falta de data e assim não era válida.
Tivemos de voltar ao ponto de partida e ir à direcção do CADE pedir nova carta, que responderam com "para o União de Tomar NÃO" e que não valia a pena fazer o que fosse nem ir com ameaça nem coisas do género. Como devem de imaginar caíu-me tudo ao chão.
Lá fomos a Tomar explicar a situação e o meu pai disse que lhe dessem mais 3 semanas e que teria a carta na mão! Eu sinceramente não estava a entender nada e perguntei ao meu pai como é que ele iria fazer isso com tanta certeza. Ou seja ele arquitetou um plano e levou-me para o U.Chamusca para os juvenis, eu treinei durante 2 semanas e a direcção da Chamusca pediu a carta ao CADE que se prontificaram a passá-la. Passaram porque a Chamusca tinha uma equipa razoável que lutava para meio da tabela, não sabendo eles que o meu pai acordara com a direcção da Chamusca uma "cedência" para o UNIÃO de TOMAR assim que chegasse a carta de desvinculação. Para fazer esta transferência o meu pai teve de gastar na altura 40 contos (hoje 200€).
Como devem de imaginar foi uma bronca quando o CADE soube da situação, foi tudo menos pacifico e para mim um alivio porque já poderia ir para o nacional de juvenis.
Fui inscrito à 10ª jornada e até ao fim só faltei a um jogo por doença. Foi uma aventura que só eu e o meu pai sabemos o que passámos para eu me ter desvinculado daquele clube.
Tenho uma história fantástica passada 1 ano depois, mas isso conto mais à frente.
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