Foi na já longínqua época de 1996/97 que fiz o meu 1º ano como sénior.
Foi a passagem mais terrivel que se pode passar no futebol, ou seja, passar
Foi a passagem mais terrivel que se pode passar no futebol, ou seja, passar
do futebol ingénuo, giro, brincalhão, aprendiz e promissor das camadas jovens para entrar no mundo da máfia que é o futebol sénior. Foi um ano cheio de comédias até porque um mês depois de ter começado a época chegou ao Alcanenense o meu amigo NICO, ninguém imagina as comédias que se passaram naquele clube e naquele balneário com o famoso NICO.
Além do mais tive o prazer de ter jogado com grandes futebolistas profissionais como VALBOM, ALBUQUERQUE, ZÉ MÁRIO, M´Passi N´Dongala, CÉSAR, NUNO AGOSTINHO, MIGUEL MENDES, NARCISO, LUÍS ALVES (grande ponta de lança) e o grande LUÍS BETES (nº10 e que grande jogador!).
Além dos colegas tive também 2 técnicos com personalidades muito diferentes que passo a descrever:
1º Vitor Esmoriz (ex-campeão nacional em 1981/82 pelo Sporting C.P), um técnico como nunca vi no aspecto da autoridade e na capacidade de liderar um grupo. Ninguém fazia farinha com o homem que apelidava o presidente de "o cabeçudo" porque realmente o homem tinha a cabeça mesmo grande. Além do mais era um treinador que gostava que a equipa jogasse com passes constantes na diagonal e sempre nas costas dos defesas, a fazermos passes sem ver e de facto aquilo resultava. Jogávamos no esquema que mais gosto (3-5-2) e quando as coisas saíam bem era mesmo fantástico. No entanto ele trazia atletas de Lisboa pela mão dele e aí é que ele se "enterrou". Era também uma "besta" como pessoa, com trato dificil e sempre com cara de mau e a responder mal á malta. No entanto deixou-me saudades como "Líder".
2º Rui Lopes (Ex-jogador do Benfica, do Guimarães e do Maritimo), este sim, era aquilo que eu chamo de um verdadeiro treinador de futebol. Era um gentleman, ainda me lembro do 1º treino que fizemos, foi contra o Fátima, quando lá chegámos fomos equipar e depois fomos todos para o relvado. Lá, ele fez um discurso muito motivador e encorajador á malta (estávamos mal classificados), depois disse quem ia jogar de inicio e mandou-nos aquecer todos, uns com bola (os suplentes) e outros sem bola (titulares), entretanto chamou-me...(ainda me lembro como se fosse hoje) disse-me: "andas a jogar como médio mas comigo irás jogar como avançado porque temos falta deles e eu conto contigo a sério". Fiquei estupefacto com tais palavras, o outro era uma "besta" para mim e para quase todos os colegas e agora este é o oposto...como devem de calcular os meus niveís de motivação aumentaram a 200%...foi fantástico mesmo. Era um treinador com muitas jogadas ensaiadas e que previligiava a posse de bola...quando chegou, fizemos 7 jogos seguidos sem conhecer a derrota, e ainda por cima estive em todos. Era a alegria total. O mister nos dias de preparação era ela que dava o exemplo, nós até ficávamos "tontos" a ver aquilo e no sábado de manhã (véspera de jogos) íamos sempre ao pavilhão em Alcanena jogar 30 minutos de futebol salão!!! só com golos de cabeça e o mister fartava-se de "dar pau" na malta. Nunca tinha visto nada assim mas o que é certo é que dera resultado...depois voltávamos ao campo e fazíamos séries de "sprints" para soltar para domingo. Por fim foi somente pena ele ter saído porque ele era adjunto do Jorge Jesus (actual técnico Sp. Braga) e quando o Jorge Jesus assinou pelo Felgueiras ele foi com ele. No entanto as saudades ficaram de alguém que fazia com que os jogadores acreditassem neles próprios e onde vontade, motivação e entusiasmo não faltavam.
Passados uns anos voltei ao Acanenense mas isso é para relatar mais á frente assim como algumas comédias com o famoso NICO.
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