segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Nº10 Carlos Valderrama



É um caso “sui generis” no futebol mundial. Poucos serão aqueles que desconhecerão o nome e a figura de Carlos Valderrama. A verdade, no entanto, é que a carreira deste Colombiano não teve a correspondência ao nível de clubes da sua reputação e trajecto na Selecção.


Depois de se ter revelado como um talento como médio criativo no seu país, Valderrama rumou, com 23 anos, à Europa. O futebol do “Velho Continente” mostrou-se, no entanto, pouco enquadrado com as características sul americanas do “Pibe” que protagonizou passagens sem grande sucesso pelo Montpellier e Valladolid. Ainda assim, Valderrama passou grande parte da sua carreira no Continente europeu, regressando em 1990 ao seu país. Foi, porém, nos Estados Unidos que terminou a, sob grande reconhecimento, a sua carreira.


Se na Europa, Valderrama foi modesto, já no seu país e Continente sempre encontrou elevado reconhecimento para as suas qualidades. Com 111 internacionalizações é considerado por muitos como o melhor Colombiano de sempre, tendo participado em 3 mundiais (1990, 1994 e 1998). Valderrama tem mesmo uma estátua no seu país, assinalando uma carreira que teve como principais prémios individuais os títulos de melhor jogador Sul-Americano em 87 e 93.


Valderrama era um típico 10 Sul-Americano, muita técnica, boa capacidade de coordenação de jogo, mas talhado para jogar em espaços largos e ritmos baixos. A razão da sua invulgar fama terá vindo, no entanto, da singularidade do seu visual, particularmente da sua cabeleira!


Ainda parece que foi ontem que vi um célebre jogo em que a Colombia deu uma "malha" á Argentina de Maradona com o grande Valderrama a parar por 3 vezes a bola (que vinha rasteira) com o joelho e a gozar com todos os argentinos e com o público a vibrar!


Maradona disse no seu livro que Valderrama poderia jogar futebol até aos 50 anos e mesmo assim seria melhor que os outros todos!


Sem comentários: